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Segurança Terceirizada: Vantagem Estratégica ou Risco Oculto?

Nos corredores corporativos e nos bastidores dos condomínios residenciais, uma escolha estratégica vem ganhando espaço: a terceirização dos serviços de segurança patrimonial. Mas será que essa prática representa eficiência e economia, ou apenas transfere responsabilidades e riscos?

Nesta reportagem, exploramos os bastidores da terceirização da segurança privada no Brasil, ouvindo especialistas, gestores, sindicatos e empresas do setor. O objetivo: entender quando a terceirização é vantajosa — e quando pode se transformar em um pesadelo jurídico e operacional.

O Cenário Nacional

De acordo com dados da Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist), o Brasil conta com cerca de 2.000 empresas de segurança privada regularizadas e mais de 470 mil vigilantes legalmente registrados. A terceirização responde por cerca de 85% dos contratos de segurança privada em empresas e condomínios.

A prática permite que contratantes foquem no core business, deixando a responsabilidade pela seleção, treinamento, uniformização, jornada, escalas e substituições por conta da prestadora de serviços. “É uma forma de garantir segurança 24 horas com menor burocracia trabalhista”, afirma Carlos Queiroz, diretor da GuardaPlus, empresa especializada em segurança terceirizada corporativa.

Benefícios da Terceirização

1. Redução de Custos Operacionais

Ter um quadro próprio de vigilância envolve encargos trabalhistas, rotatividade e custos com treinamento e EPI. A terceirização dilui esses custos em um contrato com valor fixo.

2. Flexibilidade

É possível ajustar o número de vigilantes, os horários e as escalas conforme necessidade, inclusive com cobertura para férias e ausências.

3. Profissionalização

Boas empresas terceirizadas mantêm processos de capacitação contínua, realizam reciclagens exigidas pela Polícia Federal e possuem supervisores atuantes.

4. Rapidez na Substituição

Em caso de falta, doença ou mau desempenho, a prestadora faz a substituição imediata, sem gerar passivos para o contratante.

Os Riscos Ocultos

Mas nem tudo são flores. Quando a terceirização é mal conduzida, os problemas aparecem — e podem sair caros. Veja os principais:

1. Responsabilidade Solidária

De acordo com a Súmula 331 do TST, a empresa contratante pode ser responsabilizada solidariamente em caso de ações trabalhistas dos funcionários da empresa terceirizada. Ou seja, mesmo sem vínculo direto, pode ter que pagar salários, indenizações e multas.

2. Qualificação Duvidosa

Nem todas as empresas terceirizadas atuam dentro das exigências legais. Muitas não possuem registro na Polícia Federal, exigido para operar com segurança armada, e outras utilizam mão de obra pouco treinada.

3. Rotatividade Excessiva

A troca constante de vigilantes compromete o vínculo com o ambiente e dificulta a construção de rotinas seguras. “O bom vigilante é aquele que conhece o território. Com rotatividade, perdemos esse diferencial”, alerta Roseli Barbosa, síndica profissional de três condomínios em Belo Horizonte.

Casos Reais

Um caso emblemático ocorreu em 2023, quando uma empresa de segurança terceirizada foi denunciada por utilizar vigilantes sem curso de formação. A prestadora teve o contrato suspenso, e o condomínio contratante ficou temporariamente desprotegido.

Em contrapartida, há exemplos de sucesso. A rede de hospitais SanMed terceirizou todo seu setor de segurança com foco em vigilância humanizada. “Reduzimos conflitos, melhoramos o atendimento ao público e diminuímos os custos em 18% no primeiro ano”, revela o gerente administrativo Fabiano de Souza.

Como Escolher a Empresa Certa?

Especialistas recomendam alguns cuidados fundamentais:

  • Verifique o registro na Polícia Federal;

  • Peça referências e visitas técnicas a outros clientes;

  • Exija treinamentos e reciclagens documentadas;

  • Leia atentamente cláusulas de responsabilidade civil, trabalhista e penal;

  • Estipule níveis de serviço (SLAs) claros no contrato;

  • Avalie planos de contingência em caso de emergências.

“O contrato precisa prever tudo: desde o tempo de resposta em ocorrências até a política de faltas e substituições. A segurança do seu patrimônio não pode depender de improviso”, alerta Jorge Menezes, advogado especializado em terceirização de serviços.

Terceirização é Para Todos?

Nem sempre. Em empresas de pequeno porte ou condomínios com poucos moradores, o custo da terceirização pode ser inviável. Nesses casos, a combinação entre vigilância remota e automatização tende a ser mais eficaz.

Por outro lado, em ambientes com fluxo constante de pessoas, risco patrimonial elevado ou demanda por segurança armada, a terceirização bem executada costuma ser o melhor caminho.

Conclusão

A terceirização da segurança patrimonial pode ser uma poderosa aliada — desde que contratada com critério, responsabilidade e atenção aos detalhes. O barato pode sair caro quando se trata de proteger vidas e patrimônios.

Como em toda relação de confiança, o segredo está na escolha. E na supervisão. Afinal, segurança terceirizada continua sendo segurança sua.

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